1995 | 1996 | 1997 | 1998 | 1999 | 2000 | |
Animação | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 |
Documentário | 3 | 1 | 2 | 2 | 4 | 2 |
Ficção | 11 | 17 | 19 | 21 | 24 | 21 |
Outros | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 |
Total | 14 | 18 | 21 | 23 | 28 | 23 |
2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | |
Animação | 1 | 0 | 0 | 1 | 1 | 1 |
Documentário | 8 | 10 | 4 | 15 | 12 | 25 |
Ficção | 21 | 19 | 26 | 33 | 32 | 46 |
Outros | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 |
Total | 30 | 29 | 30 | 49 | 45 | 72 |
2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | |
Animação | 2 | 1 | 1 | 0 | 1 |
Documentário | 32 | 25 | 38 | 32 | 40 |
Ficção | 44 | 53 | 45 | 43 | 57 |
Outros | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 |
Total | 78 | 79 | 84 | 75 | 99 |
No período entre 1995 e 2003, o número de documentários lançados no mercado brasileiro foi sempre menor que 10, número só atingido em 2002, sendo que a média do período não chegou a 4 (3,88). Mas, a partir de 2004, indo até 2011, o número de documentários lançados sempre esteve acima de 10, com uma média de 27 lançamentos ao ano, totalizando 219 documentários no período de oito anos.
Pelos dados, fica evidente, que esse crescimento no gênero documentário acompanhou a tendência do gênero ficção. Entre 1995 e 2003, foram lançados 179 filmes de ficção, uma média de quase vinte por ano. Por outro lado, a partir de 2004 até 2011, os dados indicam que essa produção chegou à média de 44 lançamentos por ano, mais que o dobro do período anterior.
Junto com o incremento da quantidade, parece que há um movimento também em direção a maior diversidade e qualidade nos tipos de documentários produzidos no Brasil. Movimento já identificado em 2003 por Arthur Autran em artigo publicado na revista Olhar, n. 7, entitulado O popular no documentarismo brasileiro contemporâneo.
Discutindo os documentários Notícias de uma guerra particular (João Moreira Salles e Kátia Lund, 1999), Santo Forte (Eduardo Coutinho, 1999) e Pequeno Príncipe contra as almas sebosas (Paulo Caldas e Marcelo Luna, 2000), Autran disseca as diferenças e semelhanças em termos narrativos e estruturais dos três, apontando ao final do artigo que através da discussão aqui levantada pudemos esboçar a variedade e riqueza do gênero na atualidade (p. 152).
AUTRAN, Arthur O popular no documentarismo brasileiro contemporâneo. Revista Olhar, v. 4, n. 7, p. 144-153, 2003.
Além disso, o autor elenca a produção documental de destaque nos anos 90: Conterrâneos velhos
de guerra (Vladimir Carvalho, 1990), Memória (Roberto Henkin,
1990), Hip-hop SP (Francisco César Filho, 1990), Rota ABC (Francisco
César Filho, 1991), A voz do morto (Sérgio Zeigler e Vitor Ângelo,
1993), Vala comum (João Godoy, 1994), Socorro Nobre (Walter
Salles, 1995), Mariga (Paolo Gregori, 1995), Nelson Sargento (Estevão
Pantoja, 1997), À meia-noite com Glauber (Ivan Cardoso, 1997), Vitrais
(Cecília Araújo, 1999) e Nós que aqui estamos por vós esperamos (Marcelo
Masagão, 1999). (p.152)
AUTRAN, Arthur O popular no documentarismo brasileiro contemporâneo. Revista Olhar, v. 4, n. 7, p. 144-153, 2003.
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