domingo, 22 de junho de 2014

AGRURAS DO FILME BRASILEIRO NO MERCADO EXIBIDOR: breves anotações iniciais

Decidi estudar de forma sistematizada a produção de filmes no Brasil e sua exibição no mercado nacional de salas de cinema. Interesse que foi emergindo gradualmente, começa a se tornar um projeto de estudo mais estruturado. Nesse blog, já publiquei anteriormente alguns textos sobre o tema. Vejam os posts:

a)      QUEM SÃO OS DIRETORES DE CINEMA NO BRASIL QUE ATRAEM MAIS PÚBLICO? E COM QUE TIPO DE FILME?;
b)      A MAIORIDADE DA PRODUÇÃO DE CINEMA BRASILEIRO NA RETOMADA: ALGUNS DADOS DE 19 ANOS;
c)       O MERCADO EXIBIDOR DE FILMES NO BRASIL: CONTINUA TUDO DOMINADO!;
d)      DOZE ANOS DE RETOMADA DO CINEMA BRASILEIRO - 1993 A 2004;
e)      CINEMA BRASILEIRO: VIOLÊNCIA E POBREZA;
f)       DISTRIBUIÇÃO DE FILMES NO MERCADO BRASILEIRO EM 2012; e
g)      O CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE DOCUMENTÁRIOS NO BRASIL.

Nessa manhã fria de domingo, primeiro do inverno de 2014 em Curitiba, aproveitei o tempo livre para buscar mais informações sobre o assunto. Em três artigos publicados, um em 2008 por João Guilherme Barone, e dois mais recentes, publicados em 2012, o primeiro de autoria de Paulo Roberto Ferreira Camargo, o segundo de Rosângela Fachel de Medeiros, encontrei alguns temas que merecem um aprofundamento, mas que já abordo brevemente nesse texto.

João Guilherme Barone aponta uma série de questões que dificultam a maior penetração da produção cinematográfica brasileira no circuito exibidor de salas de cinema. Esse difícil acesso é agravado, segundo o autor, pelo fato de que os produtores têm sua remuneração garantida durante a produção do filme, relegando a papel pouco significativo a renda de bilheteria. Além disso, segundo Barone, o desinteresse do público que resulta em baixa bilheteria reforça essa baixa presença da produção brasileira nas salas de cinema. Um terceiro aspecto, diz respeito à concentração do mercado exibidor nos grandes centros urbanos, principalmente com a implantação em grande escala dos sistema multiplex. Segundo Barone, “com o advento dos sistemas do tipo multiplex, o circuito de salas foi concetrado nas capitais e nas grandes cidades, principalmente em shoppings. Cerca de 92% dos municípios brasileiros não estã equipados com salas de exibição” (p. 7).

Entre as questões apontadas pelo autor, se destacam: a inexistência de políticas públicas que promovam de forma integrada o cinema brasileiro, incluindo aspectos de produção, distribuição e exibição; não deixar de considerar nas políticas públicas os filmes de público intermediário, i.e., entre 20 mil e 200 mil espectadores, evitando buscar a sustentabilidade da produção cinematográfica brasileira apenas com filmes de grande público; a falta de lucratividade das salas de bairro e das menores cidades devido à elevação dos custos de exibição; e, citando um executivo do mercado distribuidor, Barone sugere que devem ser evitados os megalançamentos (com mais de 300 cópias), adotando uma política de buscar rentabilidade na exibição com um menor número de cópias e circulação gradativa pelas regiões, ao invés de lançamento simultâneo em nível nacional.

Paulo Roberto Ferreira Camargo faz breve resumo sobre a chamada Retomada da produção cinematográfica brasileira a partir de 1995. Aponta dois aspectos relevantes desse perído: o impacto que políticas públicas podem ter sobre a produção cinematográfica; e o surgimento de um novo cinema brasileiro com uma nova geração de realizadores.

Ao apontar a diversidade de temas e gêneros que caracterizam a Retomada, comenta que ssa multiplicidade tanto temática quanto estilística pode ser interpretada de muitas formas. Como o cinema brasileiro buscava e, em certa medida, ainda busca uma reconexão com o público, fazia sentido que fosse produzida uma generosa variedade de produtos audiovisuais, com o objetivo de satisfazer gostos e expectativas distintas, dentro de uma perspectiva mais voltada ao consumo. Se a produção cinematográfica brasileira, àquela altura, ambicionava conquistar uma fatia mais substancial do mercado, precisava entender quem eram seus espectadores potenciais e a que gêneros de filmes gostariam de assistir (p. 23).

A pergunta que me surge, agora, é: será que a tendência de crescimento da produção de comédias no cinema brasileiro é a resposta a essa busca?

Por fim, a terceira leitura amplia o foco da atenção do nível brasileiro para a produção cinematográfica do MERCOSUL. Em seu texto, Rosângela Fachel de Medeiros aborda a constituição e funcionamento dos diversos mecanismos criados no âmbito do MERCOSUL, relacionados ao incentivo à produção dos países membros (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela) e associados (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru).

A autora comenta sobre a criação da Reunion Especializada de Autoridades Cinematográficas y Audiovisuales del Mercosur (RECAM) cujo objetivo é promover a integração das indústrias cinematográficas da região, buscando soluções para os problemas de produção, distribuição, exibição e infra-estrutura (p. 161). Uma preocupação semelhante à exposta por Barone em seu comentário sobre a política brasileira de fomento ao cinema.

Mas, ao nível regional, que apresenta desafios para a integração regional da produção de cinema no MERCOSUL surge nesse argumento de Medeiros:

um aspecto decisivo para a busca por uma integração regional da produção cinematográfica ´´e o fato de os Cinemas realizados nos países do Mercosul, assim como o da maioria dos cinemas realizados fora do contexto hollywoodiano, não serem indústrias autossuficientes, tendo dificuldades para competir com as produções hollywoodianas no mercado internacional e, principalmente, em seus próprios mercados nacionais. Estes cinemas só se mantém graças às políticas de incentivo e financiamento, que podem advir de órgãos públicos, de acordos transnacionais ou de instituições supranacionais. Desta forma, unir forças num contexto regional a partir das políticas econômicas inauguradas pelo Mercosul é uma maneira de desenvolver não apenas uma indústria audiovisual, mas de promover a hegemonia cultural dos países da região frente ao poderio globalizante da indústria cinematográfica hollywoodiana”. (p. 162).

Segundo a professora Rosângela, as coproduções são a melhor alternativa para sobrevivência e desenvolvimento do Cinema nesses países, mas há dificuldades a serem superadas devido às diferentes políticas públicas de fomento e financiamento dos países do Mercosul visto que as políticas cinematográficas seguem sendo patrimônios exclusivos dos países. E, desta forma, as decisões mais importantes referentes ao setor: regulamentação, financiamento da produção, cota de tela e as políticas para formação de público, são tomadas por cada país e tendem a se restringir a sua indústria nacional (p. 169).


Com essas breve notas, começo a delinear uma linha de estudo do cinema brasileiro, na qual buscarei compreender como se articulam as dimensões de produção, distribuição e exibição no mercado nacional. Mas, procurarei, também, explorar o papel do cinema nacional na constituição de uma identidade brasileira e latino-americana.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

QUEM SÃO OS DIRETORES DE CINEMA NO BRASIL QUE ATRAEM MAIS PÚBLICO? E COM QUE TIPO DE FILME?

Com base em dados disponíveis no Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual, observa-se que entre 1995 e 2013 foram lançados no mercado exibidor brasileiro 991 filmes de produção nacional. Desse total, apenas 110 foram obra de codireção com dois ou mais diretores. 89% dos filmes brasileiros lançados neste período foram dirigidos somente por um profissional. Nesse período de 19 anos, os dados revelam que 690 diretores tiveram obras lançadas no mercado brasileiro. Em conjunto, essas obras foram assistidas por 219,5 milhões de pessoas nas salas de cinema do país.

Se fossemos calcular a média de pessoas por diretor, o resultado seria igual a aproximadamente 320.000 pessoas. Por outro lado a média por filme exibido nos cinemas nesse período seria igual a pouco mais de 221.000 pessoas. Mas, quando se olha em detalhes para as estatísticas, pode ser verificado que há uma alta taxa de concentração de público em poucos filmes e poucos diretores.

Assim, se consideramos apenas os filmes que tiveram público acima de um milhão de pessoas, encontram-se 61 filmes com uma participação de 70% nos ingressos comprados pelo público para assistir filmes brasileiros entre 1995 e 2013. 930 filmes conseguiram atrair apenas 30% desse público!

A tabela a seguir apresenta os filmes brasileiros de maior público no período. O gênero predominante é a comédia com pouco mais de 50% dos filmes (31). Há uma presença significativa, também, de filmes voltados principalmente para um público infantil, i.e., os filmes de Xuxa e de Renato Aragão (Didi), que totalizam 12 filmes. Mas, isoladamente o filme Tropa de Elite 2 foi o campeão de público, com uma participação de 3,7% que somados ao público que viu Tropa de Elite chega a 4,6% do público dos filmes brasileiros nesses 19 anos.

FILME
PÚBLICO
FILME
PÚBLICO
FILME
PÚBLICO
Tropa de Elite 2
11.146.723
E Aí, Comeu?
2.578.599
Crô - O Filme
1.652.949
Se Eu Fosse Você 2
6.112.851
Os Penetras
2.548.441
Deus é Brasileiro
1.635.212
Dois Filhos de Francisco: a História de Zezé Di Camargo & Luciano
5.319.677
Tropa de Elite
2.421.295
Central do Brasil
1.593.967
De pernas pro ar 2
4.846.273
Xuxa Popstar
2.394.326
O Noviço Rebelde
1.501.035
Carandiru
4.693.853
A Mulher Invisível
2.353.646
Muita Calma Nessa Hora
1.485.498
Minha mãe é uma peça
4.600.145
Maria, Mãe do Filho de Deus
2.332.873
Faroeste caboclo
1.469.743
Nosso Lar
4.060.304
Xuxa e os Duendes
2.301.152
Gonzaga - De Pai para Filho
1.460.447
Se eu Fosse Você
3.644.956
Sexo, Amor e Traição
2.219.423
A Partilha
1.449.411
De Pernas pro Ar
3.506.552
Xuxa Abracadabra
2.214.481
Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida
1.331.652
Chico Xavier
3.413.231
Os Normais 2
2.202.640
O Concurso
1.320.102
Até que a Sorte nos Separe
3.411.137
Bruna Surfistinha
2.176.999
Xuxa em o Mistério de Feiurinha
1.307.135
Cidade de Deus
3.370.871
O Auto da Compadecida
2.157.166
Carlota Joaquina, Princesa do Brazil
1.286.000
Lisbela e o Prisioneiro
3.174.643
Meu Nome não É Johnny
2.099.294
A Dona da História
1.271.415
Meu Passado me Condena
3.137.795
Xuxa Requebra
2.074.461
O Palhaço
1.242.800
Cazuza - o Tempo Não Para
3.082.522
A Grande Família - o Filme
2.035.576
O Homem do Futuro
1.211.083
Olga
3.078.030
Assalto ao Banco Central
1.966.736
Qualquer Gato
1.194.628
Os Normais
2.996.467
Divã
1.866.403
Mato sem cachorro
1.134.563
Cilada.com
2.959.460
Didi, o Cupido Trapalhão
1.758.579
O Quatrilho
1.117.154
Vai que dá certo
2.729.340
Somos tão jovens
1.715.763
Até que a Sorte nos Separe 2
1.047.498
Xuxa e os Duendes
2.657.091
Simão, o Fantasma Trapalhão
1.658.136
Xuxa Gêmeas
1.035.700




Didi, o Caçador de Tesouros
1.024.732

É claro que essa concentração de público em filmes redundaria em um reduzido número de diretores conseguindo atrair a atenção da maior parte do público que assistiu filmes brasileiros nesses anos. Daniel Filho com oito filmes, José Padilha, Roberto Santucci e José Alvarenga Jr., com cinco filmes cada um, conseguiram superar a barreira dos dez milhões de espectadores com seus filmes, representando 18,9% do público total no período.

Na tabela a seguir estão listados os diretores de cinema que conseguiram mais de um milhão de espectadores nas salas de cinema brasileiras. São 45 cineastas que atraíram aprocimadamente 195 milhões de pessoas para seus filmes em 19 anos de exibição, ou seja, 88,9% do público!

DIRETOR
PÚBLICO
DIRETOR
PÚBLICO
DIRETOR
PÚBLICO
Daniel Filho
17.335.480
Wagner de Assis
4.096.398
Fábio Barreto
2.185.028
José Padilha
13.608.784
Felipe Joffily
4.067.301
Marcus Baldini
2.176.999
Roberto Santucci
13.329.056
Cláudio Torres
3.977.440
Sérgio Rezende
2.003.925
José Alvarenga Jr.
10.936.364
Sandra Werneck
3.913.978
Marcos Paulo
1.966.736
Moacyr Goés
8.605.109
Jayme Monjardim
3.789.465
Antonio Carlos da Fontoura
1.836.570
Tizuka Yamasaki
7.576.057
Jorge Fernando
3.601.087
Carla Camurati
1.817.339
Breno Silveira
7.509.703
Andrucha Waddington
3.523.734
Jorge Furtado
1.517.914
Paulo Sérgio Almeida
7.411.966
Walter Carvalho
3.494.166
René Sampaio
1.469.743
Guel Arraes
6.840.498
Cacá Diegues
3.318.868
Pedro Vasconcelos
1.320.102
Maurício Farias
5.523.804
Julia Rezende
3.137.795
Selton Mello
1.271.624
Hector Babenco
4.886.512
Mauro Lima
3.016.132
Tomas Portella
1.194.628
Fernando Meirelles
4.734.920
Alexandre Boury
2.866.667
Pedro Amorim
1.134.563
André Pellenz
4.600.145
Rogério Gomes
2.657.091
Cao Hamburger
1.094.315
Bruno Barreto
4.513.161
Marcus Figueiredo
2.414.627
Rosane Svartman
1.064.458
Paulo Aragão
4.188.546
Walter Salles
2.290.859
Halder Gomes
1.002.589

A seguir são exibidos os detalhes da produção dos dez diretores com maior participação de público desse período, o equivalente a 98,7 milhões de espectadores, 45% do público. São 57 filmes com uma presença marcante da comédia entre eles.

Será que o cinema brasileiro vai ser predominantemente de comédia no futuro?

Ano de Lançamento
Título
Diretor
Gênero
Público
2009
Se Eu Fosse Você 2
Daniel Filho
Ficção
6.112.851
2006
Se eu Fosse Você
Daniel Filho
Ficção
3.644.956
2010
Chico Xavier
Daniel Filho
Ficção
3.413.231
2001
A Partilha
Daniel Filho
Ficção
1.449.411
2004
A Dona da História
Daniel Filho
Ficção
1.271.415
2007
O Primo Basílio
Daniel Filho
Ficção
838.726
2006
Muito Gelo e Dois Dedos D'Água
Daniel Filho
Ficção
509.098
2009
Tempos de Paz
Daniel Filho
Ficção
95.792
2010
Tropa de Elite 2
José Padilha
Ficção
11.146.723
2007
Tropa de Elite
José Padilha
Ficção
2.421.295
2002
Ônibus 174
José Padilha
Documentário
35.290
2009
Garapa
José Padilha
Documentário
4.701
2013
Segredos da tribo
José Padilha
Documentário
775
2011
De Pernas pro Ar
Roberto Santucci
Ficção
3.506.552
2012
Até que a Sorte nos Separe
Roberto Santucci
Ficção
3.411.137
2013
Até que a Sorte nos Separe 2
Roberto Santucci
Ficção
1.047.498
2013
Odeio o dia dos namorados
Roberto Santucci
Ficção
457.523
2002
Bellini e a Esfinge
Roberto Santucci
Ficção
60.073
2012
De pernas pro ar 2
Roberto Santucci
Ficção
4.846.273
2003
Os Normais
José Alvarenga Jr.
Ficção
2.996.467
2011
Cilada.com
José Alvarenga Jr.
Ficção
2.959.460
2009
Os Normais 2
José Alvarenga Jr.
Ficção
2.202.640
2009
Divã
José Alvarenga Jr.
Ficção
1.866.403
1999
Zoando na TV
José Alvarenga Jr.
Ficção
911.394
2013
Bonitinha, mas ordinária
Moacyr Goés
Ficção
13.997
2003
Maria, Mãe do Filho de Deus
Moacyr Góes
Ficção
2.332.873
2003
Xuxa Abracadabra
Moacyr Góes
Ficção
2.214.481
2004
Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida
Moacyr Góes
Ficção
1.331.652
2004
Irmãos de Fé
Moacyr Góes
Ficção
966.021
2006
Trair e Coçar é Só Começar
Moacyr Góes
Ficção
481.006
2007
O Homem que Desafiou o Diabo
Moacyr Góes
Ficção
422.855
2004
Um Show de Verão
Moacyr Góes
Ficção
137.507
2003
Dom
Moacyr Góes
Ficção
108.499
2005
Xuxinha e Guto contra os monstros do espaço
Moacyr Góes e Clewerson Saremba
Animação
596.218
1999
Xuxa Requebra
Tizuka Yamazaki
Ficção
2.074.461
1997
O Noviço Rebelde
Tizuka Yamazaki
Ficção
1.501.035
2009
Xuxa em o Mistério de Feiurinha
Tizuka Yamazaki
Ficção
1.307.135
2010
Aparecida, o Milagre
Tizuka Yamazaki
Ficção
243.336
2005
Gaijin II
Tizuka Yamazaki
Ficção
52.898
1996
Fica Comigo
Tizuka Yamazaki
Ficção
2.866
2005
Dois Filhos de Francisco: a História de Zezé Di Camargo & Luciano
Breno Silveira
Ficção
5.319.677
2012
Gonzaga - De Pai para Filho
Breno Silveira
Ficção
1.460.447
2008
Era uma Vez...
Breno Silveira
Ficção
570.470
2012
À Beira do Caminho
Breno Silveira
Ficção
159.109
2007
Inesquecível
Paulo Sérgio Almeida
Ficção
59.397
2001
Xuxa e os Duendes
Paulo Sérgio Almeida e Rogério Gomes
Ficção
2.657.091
2002
Xuxa e os Duendes 2
Paulo Sérgio Almeida e Rogério Gomes
Ficção
2.301.152
2000
Xuxa Popstar
Paulo Sérgio Almeida e Tizuka Yamasaki
Ficção
2.394.326
2003
Lisbela e o Prisioneiro
Guel Arraes
Ficção
3.174.643
2000
O Auto da Compadecida
Guel Arraes
Ficção
2.157.166
2010
O Bem Amado
Guel Arraes
Ficção
955.393
2008
Romance
Guel Arraes
Ficção
307.273
2001
Caramuru - a Invenção do Brasil
Guel Arraes
Ficção
246.023
2013
Vai que dá certo
Maurício Farias
Ficção
2.729.340
2007
A Grande Família - o Filme
Maurício Farias
Ficção
2.035.576
2005
O Coronel e o Lobisomem
Maurício Farias
Ficção
654.983
2009
Verônica
Maurício Farias
Ficção
103.905