sábado, 23 de março de 2013

Crowdfunding na produção cinematográfica

Recentemente lancei um projeto de crowdfunding visando viabilizar a ediçao de um novo livro (http://catarse.me/pt/gimenez2013). Há pouco tempo, tomei conhecimento dessa nova forma de financiamento que me parece uma opção razoável para a viabilização de empreendimentos colaborativos.

Ontem, na Folha de São Paulo, encontrei reportagem tratando do uso de crowfunding na produção de filmes: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1250149-financiamento-coletivo-engatinha-no-cinema-brasileiro.shtml.

O tema está deslanchando e, curioso, fui atrás de mais informações. Uma boa introdução a este tema, junto com uma discussão breve das suas possibilidades, pode ser encontrada no artigo de Erick Filinto: Crowdfunding: entre as multidões e as corporações  publicado em 2012 na Revista Comunicação, Mídia e Consumo (http://revistacmc.espm.br/index.php/revistacmc/issue/current/showToc).

FILINTO, Erick Crowdfunding: entre as multidões e as corporações. Comunicação Mídia e Consumo, v. 9, n. 26, p.137-150, 2012.

domingo, 17 de março de 2013

Doze anos de retomada do cinema brasileiro - 1993 a 2004

Encontrei por diversas vezes menção ao ano de 1995 como marco da retomada do cinema brasileiro, após a crise marcante do período 1990-1993. O filme símbolo dessa retomada é Carlota Joaquina, princesa do Brasil de Carla Camurati.

Em artigo publicado na Revista Alceu em 2007, Giovanni Ottone discorre, de forma descritiva, sobre as diferentes temáticas que compõem o cinema brasileiro da retomada, tanto na ficção quanto no documentário. Essa descrição é precedida por uma breve análise do contexto histórico-político que a antecede. Ao mesmo tempo, ao final do artigo Ottone apresenta comentários e dados estatísticos sobre a situação da produção, distribuição e mercado de filmes nacionais.

Trabalhos como o de Otonne, além do valor informativo e crítico, trazem um benefício extra ao leitor: a possibilidade de identificar um conjunto de filmes brasileiros que podem servir como programa fílmico para quem desejar aprofundar seu conhecimento da produção cinematográfica brasileira. Assim, nesse texto, foram citados 59 filmes de 53 cineastas, lançados entre 1993 e 2004:

A dívida da vida (1993) - Otávio Becerra
Capitalismo selvagem (1994) - André Klotzel
Alma corsária (1994) - Carlos Reichenbach
Carlota Joaquina, princesa do Brasil (1995) - Carla Camurati
O quatrilho (1995) - Fábio Barreto
Terra estrangeira (1995) - Walter Salles e Daniela Thomas
As meninas (1996) - Emiliano Ribeiro
Baile Perfumado (1996) - Paulo Caldas e Lírio Ferreira
Como nascem os anjos (1996) - Murilo Salles
Corisco e Dadá (1996) - Rosemberg Cariri
Doces Poderes (1996) - Lúcia Murat
O sertão das memórias (1996) - José Araújo
Mil e uma (1996) - Suzana Moraes
Um céu de estrelas (1996) - Tata Amaral
A guerra de Canudos (1997) - José Rezende
Crede-mi (1997) - Bia Lessa e Dany Roland
O que é isso, companheiro? (1997) - Bruno Barreto
Os matadores (1997) - Beto Brant
Ação entre amigos (1998) - Beto Brant
Central do Brasil (1998) - Walter Salles
Iremos a Beirute (1998) - Marcos Moura
O primeiro dia (1998) - Walter Salles e Daniela Thomas
Através da janela (1999) - Tata Amaral
Fé (1999) - Walter Oliveira
Notícias de uma guerra particular (1999) - João Moreira Salles
Orfeu (1999) - Cacá Diegues
Santo Forte (1999) - Eduardo Coutinho
Amélia (2000) - Ana Carolina
Babilônia 2000 (2000) - Eduardo Coutinho
Cronicamente inviável (2000) - Sergio Bianchi
Eu não conhecia Tururu (2000) - Florinda Bolkan
Eu, tu, eles (2000) - Andrucha Waddington
Latitude zero (2000) - Toni Ventura
O chamado de Deus (2000) - José Joffily
Saudade do futuro (2000) - César Prates
Pierre Fatumbi Verger (2000) - Lula Buarque de Hollanda
Rap do pequeno príncipe (2000) - Paulo Caldas e Marcelo Luna
Bicho de sete cabeças (2001) - Laís Bodanzki
Brava gente brasileira (2001) - Lúcia Murat
Caramuru, a invenção do Brasil (2001) - Guel Arraes
Lavoura arcaica (2001) - Luiz Fernando Carvalho
Yndio do Brasil (2001) - Sylvio Back
Amarelo manga (2002) - Claudio Assis
Edifício Master (2002) - Eduardo Coutinho
Houve uma vez dois verões (2002) - Jorge Furtado
O homem do ano (2002) - José Henrique Fonseca
O invasor (2002) - Beto Brant
Rua 6, s/no. (2002) - João Batista de Andrade
Viva São João (2002) - Andrucha Waddington
Á marge da imagem (2003) - Evaldo Mocarzel
Narradores de Javé (2003) - Eliana Caffé
O homem que copiava (2003) - Jorge Furtado
Ônibus 174 (2003) - José Padilha
O prisioneiro da grade de ferro (2003) - Paulo Sacramento
Contra todos (2004) - Roberto Moreira
Desmundo (2004) - Alain Fresnot
Fala tu (2004) - Guilherme Coelho
Justiça (2004) - Maria Ramos
O outro lado da rua (2004) - Marcos Bernstein

OTTONE, Giovanni O renascimento do cinema brasileiro nos anos 1990. Alceu, v. 8, n. 15, p. 271-296, 2007.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Wittgenstein de Derek Jarman

Lendo uma tese de doutoramento em Administração, que será defendida no próximo dia 18 no Programa de Pós-Graduação em Administração da UFPR, lembrei-me de um filme de Derek Jarman feito para o Channel Four da Inglaterra em 1993. Nesse ano estava fazendo meu doutoramento na Universidade de Manchester, dedicando, também, algum tempo para a descoberta do cinema inglês. Derek Jarman foi um dos cineastas que descobri naqueles anos. Vi muitos de seus filmes, mas justamente esse filme de 1993 não pude assistir. Esse filme era Wittgenstein dirigido por Jarman em cima de roteiro adaptado pelo cineasta em parceria com Ken Butler em cima de roteiro original do professor de Oxford, Terry Eagleton.
A tese que li, de autoria de Samir Adamoglu de Oliveira, faz uma contribuição teórica e metodológica para os campos dos Estudos Organizacionais e da Estratégia Organizacional. Essa contribuição se consubstancia na aplicação da noção de "Jogos de Linguagem" de Wittgenstein no entendimento de uma situação organizacional. A tese de Samir me inspirou uma reflexão profunda sobre a questão da estratégia nas organizações. Mas, além disso, como foi meu primeiro contato com as ideias desse filósofo, me deixou curioso sobre a sua contribuição para o conhecimento filosófico.
Cinéfilo que sou, busquei o filme de Jarman na Web e consegui localizar uma cópia, em sete partes, do filme disponível no Youtube. Vinte anos depois pude  ver o filme que no seu lançamento não tive a oportunidade. Como a maioria dos filmes de Jarman, um filme bem construído, com imagens belíssimas, mas nesse caso seguindo muito uma estrutura quase teatral, com vários segmentos. Também, como em seus filmes anteriores, a temática da homossexualidade se faz presente em uma estética própria de Jarman, que se coaduna com a vida do filósofo que foi marcada por um amor homossexual por um jovem estudante de filosofia de Cambridge.
Lida a tese do Samir e visto o filme de Jarman, me restava buscar algo que me ajudasse a conectá-los um pouco mais, para ampliar um pouco mais meu contato com as ideias de Wittgenstein. Mais uma busca na Web, mais uma boa dose de sorte. Encontro um artigo de Tracy Bowel da Universidade de Waikato na Nova Zelândia em que se apresenta um relato do uso do filme de Jarman para discussão da filosofia de Wittgenstein em aulas de graduação. Nesse texto aprendo, entre outras coisas, que a forma fragmentada com que Jarman criou seu filme é também Wittgensteiniana. Um texto muito agradável de ler.

OLIVEIRA, Samir Adamoglu de Um olhar pragmático da linguagem cotidiana sobre o ato de praticar a estratégia a partir da noção de "Jogos de Linguagem": uma análise wittgesnteiniana como contribuição teórica e metodológica para os campos dos Estudos Organizacionais e da Estratégia Organizacional. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Administração. Universidade Federal do Paraná, 2013.

BOWELL, Tracy Making manifest: viewing Wittgenstein's philosophy through Derek Jarman's lens. Teaching Philosophy, v. 24, n. 2, p. 133-142, 2001.

Cinema brasileiro: violência e pobreza

Dando os primeiros passos no programa de leitura que estabeleci para mim mesmo, deixo o acaso guiado pelo Google indicar-me um novo texto. As palavras de busca foram: cinema brasileiro.
Encontro texto de Esther Hamburger, datado de 2007, que explora adequação do conceiro de "sociedade do espetáculo", de Guy Debord, no entendimento da produção cultural, em particular a audiovisual, recente no Brasil. Essa discussão se dá, tendo como pano de fundo, o que autora denomina de disputas pelo controle e apropriação dos mecanismos de produção da visualidade em situações de interlocução entre sujeito e objeto, palco e platéia (p. 114)
Em sua análise, o eixo central está no documentário Falcão, meninos do tráfico dirigido por MV Bill. Mas, a autora traça também uma breve trajetória sobre o tratamento que a violência teve no cinema brasileiro desde o Cinema Novo até a produção documental mais recente. Leitura instigante e bem argumentada, cujo resumo é assim apresentado no artigo:

O artigo analisa obras recentes de ficção ou documentário que acentuaram a presença visual de cidadãos pobres, negros,moradores de favelas e bairros de periferia no cinema e na televisão brasileiros. Ao trazer esse universo à atenção pública, esses filmes intensificaram e estimularam uma disputa pelo controle da visualidade,pela definição de que assuntos e personagens ganharão expressão audiovisual, como e onde,elemento estratégico na definição da ordem (ou desordem) contemporânea. (p, 113).
HAMBURGER, Esther Violência e pobreza no cinema brasileiro recente. Novos Estudos - CEBRAP, n. 78, p. 113-128, 2007.



segunda-feira, 11 de março de 2013

O que é o bom cinema?

A experiência de assistir um filme pode ser mais que entretenimento. Responder à pergunta que dá título a esse post pode parecer uma tarefa fácil, mas não é. Do posto de vista técnico há uma resposta precisa para essa questão. Mas não quero, ou melhor não tenho competência para falar nessa dimensão.

Prefiro falar sobre isso do ponto de vista pessoal. Em termos subjetivos, para cada um, o bom cinema é aquele que dá à pessoa uma sensação de prazer. Mas, o prazer tem várias faces. Pode ser um prazer estético, que vem da fruição de coisas belas. Pode ser um prazer relaxante, ao permitir que o espectador se afaste da pressão do cotidiano durante algum tempo de sua vida. Pode ser educativo, ao informar algo que desconhecíamos. Pode ser um prazer sensual ao despertar emoções ligadas ao desejo. As fontes de prazer cinematográfico são inúmeras, não consigo exaurir essa questão. Mas, a experiência cinematográfica é única para cada um e, dentro de um mínimo de qualidade técnica, o no que consiste um bom cinema é uma resposta múltipla.

Ontem, ao assistir Barbara, filme alemão dirigido por Christian Petzold, tive uma experiência filmíca que me iluminou a respeito do que é o bom cinema para mim. A sinopse do filme não revela muito:

No verão de 1980, Barbara, uma médica da Alemanha Oriental, tenta tirar um visto para poder sair do país. Como punição, ela é transferida de Berlim para um pequeno hospital no interior do país. Jörg, seu amante do lado ocidental, planeja sua fuga. Barbara espera. O apartamento novo, os vizinhos, o clima de verão e do interior – nada disso significa nada para ela. Trabalhando como cirurgiã pediátrica, ela é atenciosa com os pacientes, mas bastante distante em relação aos colegas. Com o dia de sua fuga se aproximando rapidamente, Barbara começa a perder o controle sobre si mesma, seus planos, sobre o amor. (http://www.cineplayers.com/filme.php?id=15130).


O filme chegou a ser cogitado como favorito da crítica para levar o Urso de Ouro do Festival de Berlin no ano passado (http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2012/02/filme-alemao-e-forte-candidato-no-festival-de-berlim-1.html). Não levou, mas Petzold ganhou o Urso de Prata como melhor diretor.

Barbara conhece André, seu chefe nesse hospital. É no desenvolvimento dessa relação que surgiu, nesse filme, uma compreensão para mim, de como eu respondo à ideia do que é o bom cinema. André é o chefe de Barbara, um dia este mostra a Barbara o laboratório que conseguiu montar no pequeno hospital do interior. Em uma das paredes, como peça de decoração, há uma reprodução da tela Aula de Anatomia do Dr Tulp, de Rembrandt, um dos quadros mais famosos desse pintor holandês (http://www.auladearte.com.br/historia_da_arte/rembrandt.htm).

A reprodução chama a atenção de Barbara. Nessa cena, André mostra a Barbara um erro na tela e ao comentar sobre isso afirma:

_ Rembrandt quer nos mostrar algo que não podemos ver.

Ao ouvir (ler) essa frase (não sei alemão!), me veio imediatamente à mente o que significa o bom cinema para mim. Mais do que entretenimento, mais do que informação, mais do que sensualidade, para mim o bom cinema é aquele que tenta me mostrar o que não consigo ver. É o caso de Barbara!

Assim como Rembrandt, na tela, parece querer mostrar-nos algo que os personagens do quadro estavam vendo, os bons filmes são experiências em que tenho a sensação de ter visto algo novo, algo cujo significado vai além do entretenimento. Que me faz pensar sobre a condição humana.

Essa mesma cena, por outro lado, me fez refletir sobre a questão da intertextualidade. No filme, o personagem de André, ao mostrar o que percebeu na tela de Rembrandt, é um momento em que Plotzel usa da intertextualidade. Uma imagem de outra arte ajuda na construção do significado do filme. Assim, como André quer que Barbara veja algo que não consegue ver na relação entre eles, a narrativa do filme quer nos mostrar algo que ainda não conseguimos ver. Mas, esse é um tema que ainda não domino. Por enquanto, apenas uma intuição!


sábado, 9 de março de 2013

DISTRIBUIÇÃO DE FILMES NO MERCADO BRASILEIRO EM 2012

Fagundes e Schuarts (2009, p. 1) apontam que a indústria do cinema compreende, basicamente, três atividades distintas: produção, distribuição e exibição em diferentes janelas (cinemas, home vídeo (aluguel de vídeos ou dvd e venda desses produtos), pay per view nas TV pagas, exibição nas TV por assinatura e TV aberta.
Para Silva (2010, p. 17), a distribuição é o elo que atua como uma ponte entre o produto (filme), o emissor (diretor) e o receptor (público). A conclusão de um filme permite que o distribuidor defina uma estratégia de convencimento do público a optar por uma forma de fruição do filme.
A distribuição ocorre, em geral, pelo licenciamento de distribuidores pelos produtores de um filme. Esse licenciamento envolve a definição de um território, tempo de distribuição e janela ou janelas que poderão compor a estratégia de distribuição. A estratégia, por sua vez, envolverá a definição de número de cópias, marketing, data de lançamento e política de comercialização.
O mercado brasileiro de distribuição e exibição de filmes é crescente. Em estudo preliminar, recentemente divulgado, a ANCINE informa que o ano cinematográfico de 2012, compreendendo 52 semanas cinematográficas entre a primeira sexta-feira do ano (6 de janeiro de 2012) e a primeira quinta-feira de 2013 (3 de janeiro de 2013), estabeleceu um recorde na arrecadação das salas de exibição, atingindo R$ 1,6 bilhão de reais, crescimento de 12,13% em relação a 2011 (ANCINE, 2013).
Nesse período foram lançados pelas empresas distribuidoras 330 filmes, dos quais 83 eram produções brasileiras. O total de filmes lançados ficou pouco abaixo do ocorrido em 2011, 339 filmes. No entanto, naquele ano o número de filmes brasileiros que entraram em exibição foi de 99, o que significa que em 2012 houve uma queda de 16,2% no número de filmes brasileiros em lançamento. Essa queda refletiu-se na participação dos filmes brasileiros em termos de público e arrecadação das salas de exibição. Em 2011, os filmes brasileiros atingiram 12,4% do público e 11,4% da renda, ao passo que em 2012, os resultados foram 10,6% e 9,7%, respectivamente (ANCINE, 2013).
Além dos lançamentos, as empresas distribuidoras fazem esforços para a continuidade da exibição de filmes lançados em anos anteriores. Segundo os dados em ANCINE (2013), no ano passado foram exibidos 513 filmes, dos quais 136, ou seja, pouco mais de um quarto (26,5%) eram filmes nacionais. O mercado distribuidor de cinema no Brasil é dominado pelas subsidiárias das majors norte-americanas: Fox, Warner, Paramount/Universal, Disney e Sony. As cinco empresas foram responsáveis pela distribuição de dezessete dos vinte filmes com maior bilheteria em 2012. Os dezessete filmes distribuídos pelas cinco empresas dominantes no mercado brasileiro representaram 52,4% da arrecadação do mercado cinematográfico brasileiro em 2012. Entre os vinte filmes de maior bilheteria em 2012, há apenas três filmes brasileiros: Até que a sorte nos separe; E aí, comeu? E Os penetras. Entre os três, apenas o segundo não foi distribuído pelas cinco majors.
As estratégias de distribuição podem assumir diferentes configurações. No estudo de Silva (2010) foi apresentada uma classificação de métodos de distribuição desenvolvidos no mercado brasileiro. A autora utilizou quatro critérios para categorizar as estratégias de distribuição presentes no mercado brasileiro, que orientaram a análise de cinco filmes brasileiros lançados em 2005: Dois filhos de Francisco, Cabra-cega, Cidade baixa, Casa de areia e Cinema, aspirinas e urubus. Os critérios foram: a) número de cópias estabelecido por lançamento; b) estratégias de divulgação que sustentaram o lançamento; c) parcerias estabelecidas; e d) elementos de prestígio baseados na notoriedade de equipe técnica ou atores (SILVA, 2010: P. 86). A utilização desses critérios permitiu a construção de quatro categorias de lançamento resumidas no quadro a seguir.
QUADRO: MODOS DE LANÇAMENTO DE FILMES NO MERCADO BRASILEIRO

CATEGORIA

CARACTERÍSTICAS

Filme para grande escala

Mercado amplo

Lançado por empresa major

Grande número de cópias

Campanha publicitária para atrair maior número de pessoas na semana de lançamento

Baseado no star system, atores ou equipe técnica de prestígio

Filme de nicho

Segmento restrito de público e mercado

Divulgação gradativa para atrair grupos específicos de interesse

Menor número de cópias

Circulação prévia por festivais e mostras

Filme médio

Número de cópias entre 15 e 100

Mistura ações das duas categorias anteriores

Filme para exportação

Buscam excelência internacional antes da carreira no mercado nacional

Tentam obter sucesso em festivais e mostras internacionais

Coprodução de empresas estrangeiras
Fonte: elaborado pelo autor com base em Silva (2010, p. 86-89
ANCINE Agência Nacional do Cinema. Informa de Acompanhamento de Mercado. Disponível em http://oca.ancine.gov.br/media/SAM/dados2012/dezembro/Informe-anual-2012-preliminar.pdf
FAGUNDES, Jorge; SCHUARTZ, Luiz Fernando Defesa da Concorrência e a indústria do cinema no Brasil. 2009. Disponível em ANCINE Agência Nacional do Cinema. Informa de Acompanhamento de Mercado. Disponível em http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/2667.
SILVA, Hadija Chalupe da O filme nas telas – a distribuição do cinema nacional. São Paulo: Ecofalante, 2010.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Condições competitivas da indústria do cinema no Brasil

Artigo interessante de Jorge Fagundes e Luiz Fernando Schuartz faz um relato da experiência internacional da defesa da concorrência na indústria cinematográfica e, a partir de dados do mercado brasileiro de 2005, sugere recomendações de articulação entre ANCINE e CADE:
http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/2667.

Fagundes, Jorge; Schuartz, Luis Fernando Defesa da Concorrência e Indústria do Cinema no Brasil. Direito Rio - CTS. Rio de Janeiro: Centro de Tecnologia e Sociedade-FGv, 16/06/2009, 64 p.