terça-feira, 1 de outubro de 2019

A presença feminina na direção e produção executiva de filmes brasileiros lançados nos cinemas entre 2014 e 2018

Encontra-se no site do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual uma publicação sobre a presença feminina no mercado de auviodisual brasileiro. Esse documento pode  ser acessado em: https://oca.ancine.gov.br/sites/default/files/repositorio/pdf/participacao_feminina_na_producao_audiovisual_brasileira_2018_0.pdf.
O foco principal do documento se refere a resultados referentes a 2016 e 2018, que complementam os dados divulgados anteriormente sobre os anos 2015 e 2016 (ver https://oca.ancine.gov.br/sites/default/files/repositorio/pdf/participacao_feminina_na_producao_audiovisual_brasileira_2015.pdf e https://oca.ancine.gov.br/sites/default/files/repositorio/pdf/participacao_feminina_na_producao_audiovisual_brasileira_2016.pdf).
Mas, no caso específico dos lançamentos brasileiros voltados paras as salas de cinema, o documento publicado esse ano traz informações sobre a presença feminina em cargos de direção e produção executiva relativos aos últimos cinco anos.
Assim, pode-se perceber que, ao longo desses anos, a presença feminina tem crescido gradativamente, passando de 14% em 2014 para 22% em 2018, quando miramos os cargos de direção. Se adicionarmos os filmes que tiveram direção mista, isto é, compartilhada entre mulheres e homens, estes totais foram de 30% e 45%, respectivamente. Esses números mostram que, ainda, a presença feminina isolada na direção de filmes brasileiros lançados nos cinemas é muito menor do que a dos homens que foi de 70% em 2014 e 55% em 2018.
Outro dado interessante desse documento diz respeito à participação no público total dos filmes dirigidos pelas mulheres. Nesse caso, a presença feminina tem sido muito pequena, 4% em 2014 e 2% em 2018. Em 2016, no entanto, houve um pico de participação dos filmes dirigidos por mulheres no público de cinema que chegou a 34%. Esse desempenho em 2016 pode ser devido, especialmente, ao sucesso de dois filmes dirigidos por mulheres que ficaram entre os de maior público nos cinema naquele ano. O filme "É fada!" de Cris D'Amato teve um publico de 1.722.069 espectadores e "Um namorado para minha mulher" de Júlia Rezende que foi visto por 665.999 pessoas. Ambos os filmes foram distribuídos pela Downtown Filmes que detém a maior parcela de público dos lançamentos de filmes brasileiros, Esta informações podem ser conferidas em https://oca.ancine.gov.br/sites/default/files/repositorio/excel/2102.xlsx.
Enquanto que a presença de cineastas mulheres no cinema brasileiro é muito pequena, a presença de mulheres na produção executiva desses filmes é bem diferente. A participação de mulheres no total de filmes lançados entre 2014 e 2018 foi, em média, de 44%. E, a participação no público total das salas de cinema nesse anos foi ainda maior entre 2014 e 2017: 51%. Todavia, em 2018 essa participação caiu para apenas 19%!
Vale a pena conhecer os três estudos que são livremente acessados no site do Observatório.

domingo, 1 de setembro de 2019

A volta ao mundo do cinema brasileiro em 80 filmes 10 - O corpo é nosso

Domingo chuvoso! Friozinho me atraiu para a cama. Depois daquela soneca, acordei disposto a retomar esta viagem! Esta retomada estava planejada desde ontem de manhã. Sábado pela manhã, sempre que posso, vou às sessões especiais do Clube do Professor oferecidas pelo Itaú Cinema. Ontem, na programação o documentário O Corpo é Nosso dirigido por Theresa Jessouron. A princípio pensei em deixar passar, mas, estimulado por Edra que se interessou pelo tema, acabei concordando. Lá fomos nós. Ainda bem que não perdemos a oportunidade!
Brilhantemente executado, o filme aborda temática do feminismo orientado especialmente por um olhar para a questão do corpo da mulher negra e sua ligação com a música brasileira. O documentário é também composto por trechos de ficção em que se conta a história de jornalista, homem, que recebe a tarefa de escrever reportagem sobre o feminismo. Inicialmente ele resiste à ideia que lhe é determinada por seu editor-chefe, inclusive por uma questão de lugar de fala. Mas, ao final não tem como deixar de cumprir esta missão que lhe trará uma surpresa sobre parte de seu passado, até então desconhecido para ele mesmo.

O documentário, assim, segue esta tendência contemporânea de misturar realidade e ficção. Theresa Jessouron faz isto com maestria. O filme é uma peça híbrida - docudrama - em que além do tradicional uso das entrevistas com especialistas de diversos campos do conhecimento e de mulheres que vivem o drama real da luta feminista no Brasil, faz uso também de registros de arquivos fotográficos e de trechos do cinema brasileiro para desenvolver seu argumento sobre o feminismo.
O que me chamou a atenção, além do uso de diversas fontes de informação sobre o tema, foi a forma com que realidade e ficção se misturam ao longo dos 85 minutos do filme. O excelente trabalho de montagem, e a direção dos atores que representam a parte ficcional do filme revelam, por um lado, o esforço de pesquisa na construção do roteiro sobre tema tão relevante; e por outro lado, o cuidado de dar consistência diegética a uma história que, embora ficcional, deve ter ocorrido inúmeras vezes em nossa sociedade. Há momentos em que esta mistura ocorre de forma muito bem elaborada em que documento e ficção se tornam quase indistinguiveis. Há vários trechos em que o jornalista da ficção é mostrado assitindo às gravações das entrevistas que são parte do documentário. Uma composição híbrida fantástica!
Como tenho feito nessa minha viagem, parto em busca de textos acadêmicos/científicos que tenham tratado do filme na literatura sobre cinema. Neste caso, como era esperado, não encontro nada, pois é uma produção recente lançada há pouco nos cinemas brasileiros. De qualquer forma, me lembro de texto que, na qualidade de editor, publiquei no número 3 do volume de 2019 da Revista Livre de Cinema. É o artigo Feminismo em cena: análise da representação das ondas feministas em documentários. Escrito por João Henriques de Sousa Júnior, Laís Mota Plácido e Samantha Barbosa Cordeiro, o texto trata da análise de conteúdo de dois documentários feministas e sua relação com as ondas do movimento feministas que as autoras identificaram na literatura: sufragismo, revolução sexual e pós-feminismo. É muito provável que O Corpo é Nosso, pelo que pude apreender do texto, se foque principalmente na terceira onda, o pós-feminismo
Mas, minha busca no google acadêmico evidencia que o tema do feminismo associado ao cinema brasileiro já foi explorado em outros momentos. Assim, por exemplo, cito os textos de Calegari (2009), Tedesco (2012), Silva (2012) e Klanovicz (2006). 
Mantendo o padrão dessa viagem, encerro com informações sobre o filme:


Sinopse: O CORPO É NOSSO! é um documentário sobre a trajetória da liberação do corpo da mulher brasileira. Utilizando-se do docficção, o filme incorpora o drama do jornalista Marcos que, na sua pesquisa, faz uma descoberta impactante sobre seu passado. Ao assistir as entrevistas e o material deste filme, em um exercício de metalinguagem, ele faz uma autorreflexão sobre o racismo e o machismo impregnados nele e na sociedade. O filme mescla entrevistas, cenas ficcionais e imagens de arquivo que ilustram os fatores que contribuíram para esta liberação e propõe uma discussão sobre o feminismo através da desconstrução do masculino (https://filmow.com/o-corpo-e-nosso-t281437/ficha-tecnica/)

Ficha técnica:
Roteiro: Jorge Duran/Theresa Jessouroun
Direção: Theresa Jessouroun
Elenco: Renato Góes/Roberta Rodrgiues/Heitor Martinez/Oscar Magrini
Produtores: Sabrina Bittencourt/Theresa Jessouroun
Ano de lançamento: 2019

Referências:

CALEGARI, L. C. A mulher no cinema brasileiro e a tentativa de afastamento da heteronormatividade. Diálogos Latinoamericanos, n. 15, 20 p., 2009.

Klanovicz, L. R. F. Corpos erotizados: entre a morena brasileira e a loira americana (cinema das décadas de 80 e 90). Artemis, v. 4, p. 1-21, 2006.

Silva. A. da Quando as mulheres filmam: história e gênero no cinema dos anos da ditadura. Revista Esboços, v. 19, n. 27, p. 14-31, 2012.

Souza Júnior, J. H. de; Plácido, L. M.; Cordeiro, S. B. Feminismo em cena: análise da representação das ondas feministas em documentários. Revista Livre de Cinema, v. 6, n. 3, p. 119-147, 2019.

Tedesco, M. C. Da esfera privada à realização cinematográfica: a chegada das mulheres latino-americanas ao posto de diretoras de cinema. Extraprensa, a. vi, n. 10, p. 97-105, 2012.


domingo, 21 de julho de 2019

ALGUNS DADOS SOBRE O CINEMA BRASILEIRO EM 2018



A ANCINE, fundada em 2001, é uma agência de fomento e de regulação do mercado brasileiro do audiovisual. Entre suas inúmeras ações, há um conjunto de políticas de estímulo à produção, distribuição e exibição do filme brasileiro, tanto em território nacional quanto no exterior.
Nos últimos dez anos, entre 2009 e 2018, os resultados dessa ação têm se mostrado cada vez mais evidentes. No caso da produção e exibição de filmes brasileiros na chamada primeira janela, isto é, as salas de cinema, por exemplo, o número de filmes lançados anualmente tem tido um comportamento de crescimento quase constante. Assim, enquanto em 2009 foram lançados 84 filmes, no ano passado esse número atingiu 185, um crescimento de 120,2%. Ademais, o número de filmes brasileiros lançados no ano passado é quase que o mesmo número de filmes lançados entre 2001 e 2005, que totalizou 184.
Por outro lado, embora o número de filmes tenha tido esse comportamento crescente, em especial nos últimos dez anos, o público dos filmes brasileiros no total de público de cinema no mercado nacional, tem oscilado bastante, entre 15,6 milhões de expectadores em 2012 e quase o dobro em 2016 (30,4 milhões). De igual forma, a participação do público dos filmes brasileiros sobre o total de público de filmes lançados em cada ano tem variado bastante. Como pode ser visto na tabela abaixo, 2017 foi ao ano de menor participação (9,58%) e 2010 teve a maior parcela do público total (19,05%).
Esses números indicam que, ainda, há um esforço muito a grande a ser feito no sentido de ampliar a participação dos filmes brasileiros no público de cinema. Considerando que a presença de filmografia europeia, africana, asiática e da América Latina tem sido muito baixa no mercado brasileiro, o que esses números mostram é que ainda há um domínio do mercado brasileiro pela produção dos Estados Unidos.

Ano
 Filmes Brasileiros Lançados
Público Filmes Brasileiros Lançados
 Público Total de Lançamentos
 %PFBL/PLT
2009
84
                                     16.075.429
                            112.670.935
           14,27
2010
74
                                     25.687.438
                            134.836.791
           19,05
2011
100
                                     17.687.772
                            143.206.574
           12,35
2012
83
                                     15.654.862
                            146.598.376
           10,68
2013
129
                                     27.789.804
                            149.518.269
           18,59
2014
114
                                     19.060.705
                            155.612.992
           12,25
2015
133
                                     22.500.563
                            173.022.827
           13,00
2016
142
                                     30.413.839
                            184.327.360
           16,50
2017
160
                                     17.358.513
                            181.226.407
             9,58
2018
185
                                     21.538.963
                            134.625.372
           16,00

Observações: PFBL = Público Filmes Brasileiros Lançados; PLT = Público Filmes Lançados. Esses números não representam o público total de cada ano, pois há filmes brasileiros e estrangeiros reexibidos e que tiveram lançamento em anos anteriores.

Dentro desse contexto da última década, como tenho feito nesse blog, aproveito as estatísticas divulgadas pelo Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual (https://oca.ancine.gov.br), mantido pela ANCINE, e descrevo neste post algumas observações desse mercado no ano passado.
O primeiro aspecto do mercado de lançamento de filmes brasileiros nas salas de cinema que chama a atenção é sua alta concentração. Os dez filmes de maior bilheteria e público lançados em 2018 corresponderam a, respectivamente, 91,72% e 93,97% do total alcançado pelos 185 lançamentos nacionais. Ou seja, os outros 175 filmes dividiram menos de 9% da renda de bilheteria e menos de 7% do público!
Ainda no que diz respeito à concentração de mercado, quando se olha para a participação das distribuidoras nacionais e estrangeiras nesse mercado, percebe-se que apenas cinco distribuidoras, entre as quais quatro são brasileiras, dominaram totalmente esse mercado em 2018 atingindo 95,6% do público. Estas distribuidoras são: Dowtown, Paris, Imagem, Vitrine e Fox que, em conjunto, distribuíram 50 filmes brasileiros em 2018. Mas, o detalhe mais importante dessa concentração de mercado é que a aliança entre Downtown e Paris, com a distribuição de 12 filmes, representou 84,99% do público dos filmes brasileiros lançados em 2018, inclusive o de maior bilheteria que foi Nada a Perder que teve mais que 12 milhões de espectadores, ou seja, mais de 56% do público total dos lançamentos brasileiros de 2018.
Esta questão da concentração do mercado brasileiro e da importância de alianças de codistribuição foi abordado por mim em conjunto com Daniela Rocha em um artigo publicado no ano passado cuja referência você encontra ao final desse post.A seguir esse post, apresento alguns dados mais gerais sobre o mercado.
Em termos de gênero cinematográfico, como sempre, houve um predomínio da ficção com 98 filmes, seguido por documentário com 85 e apenas duas animações. Em termos de público os gêneros documentários e animação responderam por apenas 2%, sendo o restante do gênero ficção.
A presença de filmes produzidos fora do eixo Rio-SãoPaulo contínua ainda pequena, apesar das políticas de estímulo à desconcentração regional da produção de cinema no Brasil implantadas pela ANCINE. Em 2018, ainda se manteve o predomínio da produção concentrada em São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, houve o lançamento de 52 filmes produzidos em 12 estados fora desse eixo. Pernambuco e Rio Grande do Sul lançaram 12 filmes cada um, Depois veio o Distrito Federal com 6 filmes, seguido pela Bahia com 5 filmes. Outros estados com presença nesse mercado em 2018 foram: Minas Gerais (4); Ceará (3); Paraná (3); Espírito Santo (3); Goiás (1); Pará (1); Paraíba (1); e Rio Grande do Norte (1).
Outra questão que sempre analiso na produção anual do cinema brasileiro é a presença de mulheres no papel de direção dos filmes. Apesar de que os dados que obtive com a ANCINE encontravam-se incompletos em relação à identificação da direção de todos os filmes (5 filmes sem informação), assim, como comentei no post referente ao ano de 2017 (https://leiturasemcinema.blogspot.com/2018/01/o-mercado-de-cinema-no-brasil-em-2017_19.html), em 2018, a participação das mulheres dirigindo filmes foi bem menor do que a de homens. No entanto, houve um pequeno acréscimo na proporção feminina. Enquanto que em 2017 estas representaram 20,0% do total de cineastas, em 2018 a proporção de mulheres chegou a 26,1%. Foram 54 mulheres e 153 homens, em um total de 207 cineastas. Como é usual nesse campo, 197 cineastas lançaram apenas um filme em 2018. Entre as mulheres, Adriana da Silva foi a exceção, lançando três documentários. Por outro lado, entre os homens, houve nove diretores que lançaram dois filmes cada um: Caio Tedeschi de Andrade; Eduardo Henrique Leon Chauvet; Ernesto Carneiro Rodrigues; Gustavo Abreu Bonafe; Jose Alvarenga Junior; Marco Aurelio Ferreira Dutra; Marcus Vinicius Costa Baldini Silva; Paulo Eduardo Machado Nascimento; e Roberto Santucci Filho.
Ainda no que diz respeito à direção dos filmes, fiz um levantamento de quantos profissionais atuaram em codireção. Como é usual, a maioria dos filmes teve apenas um(a) diretor(a). Apenas 26 filmes tiveram mais de um(a) diretor(a). No conjunto foram 64 cineastas, 47 homens e 17 mulheres que correspondem, respectivamente, a 30,7% e 31,7% dos homens e mulheres que dirigiram filmes brasileiros lançados em 2018.
Por fim, na tabela abaixo estão os vinte filmes brasileiros de maior bilheteria em 2018.
Filme
Direção
Gênero
Distribuidoras
Público
Renda (R$)
NADA A PERDER
ALEXANDRE DA ROSA AVANCINI
FICÇÃO
DOWNTOWN/PARIS
12.184.373
120.992.794,00
OS FAROFEIROS
ROBERTO SANTUCCI FILHO
FICÇÃO
DOWNTOWN/PARIS
2.604.658
36.820.843,00
TUDO POR UM POP STAR
BRUNO TINOCO GAROTTI
FICÇÃO
DOWNTOWN/PARIS
1.187.570
15.786.420,00
MINHA VIDA EM MARTE
SUSANA GARCIA ASSIS FREIRE
FICÇÃO
DOWNTOWN/PARIS
925.411
14.715.902,00
DETETIVES DO PRÉDIO AZUL 2 - O MISTÉRIO ITALIANO
VIVIANNE RISE JUNDI
FICÇÃO
PARIS
884.775
12.333.886,00
UMA QUASE DUPLA
MARCUS VINICIUS COSTA BALDINI SILVA
FICÇÃO
DOWNTOWN/PARIS
644.115
9.156.020,00
O CANDIDATO HONESTO 2
ROBERTO SANTUCCI FILHO
FICÇÃO
DOWNTOWN/PARIS
580.568
8.363.263,00
CRÔ EM FAMILIA
MARIA LUPICINIA VIANA DE PAULA GIGLIOTTI
FICÇÃO
IMAGEM
478.114
6.822.165,00
NÃO SE ACEITAM DEVOLUÇÕES
ANDRE TORRES MORAES
FICÇÃO
FOX
292.740
4.182.222,00
O DOUTRINADOR - O FILME
GUSTAVO ABREU BONAFE
FICÇÃO
DOWNTOWN
276.658
3.933.475,00
OS EXTERMINADORES DO ALÉM CONTRA A LOIRA DO BANHEIRO
FABRICIO PIRES BITTAR DE CARVALHO
FICÇÃO
VITRINE FILMES
181.614
2.340.995,00
MULHERES ALTERADAS
HILTON LUIS PINHEIRO
FICÇÃO
DOWNTOWN/PARIS
92.607
1.440.179,00
ANA E VITÓRIA
MATHEUS DE SOUZA SILVA
FICÇÃO
VITRINE FILMES
72.919
992.171,00
O PROCESSO
MARIA AUGUSTA FREIRE DE CARVALHO RAMOS
DOCUMENTÁRIO
VITRINE FILMES
65.918
915.174,00
O GRANDE CIRCO MISTICO
CARLOS JOSE FONTES DIEGUES
FICÇÃO
H2O FILMS
51.120
831.794,00
O PACIENTE, O CASO TANCREDO NEVES
SERGIO PEREZ DE REZENDE
FICÇÃO
PARIS
40.793
818.899,00
10 SEGUNDOS PARA VENCER
JOSE ALVARENGA JUNIOR
FICÇÃO
IMAGEM
49.147
801.026,00
O NOME DA MORTE
HENRIQUE MIGUEL GOLDMAN
FICÇÃO
IMAGEM
45.766
711.964,00
BENZINHO
GUSTAVO PASSOS PIZZI
FICÇÃO
VITRINE FILMES
39.284
597.147,00
TALVEZ UMA HISTÓRIA DE AMOR
RODRIGO SPADA BERNARDO
FICÇÃO
WARNER
37.296
557.308,00

Referência

GIMENEZ, F. A. P.; ROCHA, D. T. da A presença do cinema na cional nas salas de cinema do Brasil: um estudo sobre a codistribuição. Galáxia, n. 37, p. 94-108, 2018. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1982-2554130963