Encontra-se no site do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual uma publicação sobre a presença feminina no mercado de auviodisual brasileiro. Esse documento pode ser acessado em: https://oca.ancine.gov.br/sites/default/files/repositorio/pdf/participacao_feminina_na_producao_audiovisual_brasileira_2018_0.pdf.
O foco principal do documento se refere a resultados referentes a 2016 e 2018, que complementam os dados divulgados anteriormente sobre os anos 2015 e 2016 (ver https://oca.ancine.gov.br/sites/default/files/repositorio/pdf/participacao_feminina_na_producao_audiovisual_brasileira_2015.pdf e https://oca.ancine.gov.br/sites/default/files/repositorio/pdf/participacao_feminina_na_producao_audiovisual_brasileira_2016.pdf).
Mas, no caso específico dos lançamentos brasileiros voltados paras as salas de cinema, o documento publicado esse ano traz informações sobre a presença feminina em cargos de direção e produção executiva relativos aos últimos cinco anos.
Assim, pode-se perceber que, ao longo desses anos, a presença feminina tem crescido gradativamente, passando de 14% em 2014 para 22% em 2018, quando miramos os cargos de direção. Se adicionarmos os filmes que tiveram direção mista, isto é, compartilhada entre mulheres e homens, estes totais foram de 30% e 45%, respectivamente. Esses números mostram que, ainda, a presença feminina isolada na direção de filmes brasileiros lançados nos cinemas é muito menor do que a dos homens que foi de 70% em 2014 e 55% em 2018.
Outro dado interessante desse documento diz respeito à participação no público total dos filmes dirigidos pelas mulheres. Nesse caso, a presença feminina tem sido muito pequena, 4% em 2014 e 2% em 2018. Em 2016, no entanto, houve um pico de participação dos filmes dirigidos por mulheres no público de cinema que chegou a 34%. Esse desempenho em 2016 pode ser devido, especialmente, ao sucesso de dois filmes dirigidos por mulheres que ficaram entre os de maior público nos cinema naquele ano. O filme "É fada!" de Cris D'Amato teve um publico de 1.722.069 espectadores e "Um namorado para minha mulher" de Júlia Rezende que foi visto por 665.999 pessoas. Ambos os filmes foram distribuídos pela Downtown Filmes que detém a maior parcela de público dos lançamentos de filmes brasileiros, Esta informações podem ser conferidas em https://oca.ancine.gov.br/sites/default/files/repositorio/excel/2102.xlsx.
Enquanto que a presença de cineastas mulheres no cinema brasileiro é muito pequena, a presença de mulheres na produção executiva desses filmes é bem diferente. A participação de mulheres no total de filmes lançados entre 2014 e 2018 foi, em média, de 44%. E, a participação no público total das salas de cinema nesse anos foi ainda maior entre 2014 e 2017: 51%. Todavia, em 2018 essa participação caiu para apenas 19%!
Vale a pena conhecer os três estudos que são livremente acessados no site do Observatório.
Quero escrever sobre os textos de cinema que vier a ler e filmes que puder ver (Fernando Antonio Prado Gimenez)
terça-feira, 1 de outubro de 2019
domingo, 1 de setembro de 2019
A volta ao mundo do cinema brasileiro em 80 filmes 10 - O corpo é nosso
Domingo chuvoso! Friozinho me atraiu para a cama. Depois daquela soneca, acordei disposto a retomar esta viagem! Esta retomada estava planejada desde ontem de manhã. Sábado pela manhã, sempre que posso, vou às sessões especiais do Clube do Professor oferecidas pelo Itaú Cinema. Ontem, na programação o documentário O Corpo é Nosso dirigido por Theresa Jessouron. A princípio pensei em deixar passar, mas, estimulado por Edra que se interessou pelo tema, acabei concordando. Lá fomos nós. Ainda bem que não perdemos a oportunidade!
Brilhantemente executado, o filme aborda temática do feminismo orientado especialmente por um olhar para a questão do corpo da mulher negra e sua ligação com a música brasileira. O documentário é também composto por trechos de ficção em que se conta a história de jornalista, homem, que recebe a tarefa de escrever reportagem sobre o feminismo. Inicialmente ele resiste à ideia que lhe é determinada por seu editor-chefe, inclusive por uma questão de lugar de fala. Mas, ao final não tem como deixar de cumprir esta missão que lhe trará uma surpresa sobre parte de seu passado, até então desconhecido para ele mesmo.
O documentário, assim, segue esta tendência contemporânea de misturar realidade e ficção. Theresa Jessouron faz isto com maestria. O filme é uma peça híbrida - docudrama - em que além do tradicional uso das entrevistas com especialistas de diversos campos do conhecimento e de mulheres que vivem o drama real da luta feminista no Brasil, faz uso também de registros de arquivos fotográficos e de trechos do cinema brasileiro para desenvolver seu argumento sobre o feminismo.
O que me chamou a atenção, além do uso de diversas fontes de informação sobre o tema, foi a forma com que realidade e ficção se misturam ao longo dos 85 minutos do filme. O excelente trabalho de montagem, e a direção dos atores que representam a parte ficcional do filme revelam, por um lado, o esforço de pesquisa na construção do roteiro sobre tema tão relevante; e por outro lado, o cuidado de dar consistência diegética a uma história que, embora ficcional, deve ter ocorrido inúmeras vezes em nossa sociedade. Há momentos em que esta mistura ocorre de forma muito bem elaborada em que documento e ficção se tornam quase indistinguiveis. Há vários trechos em que o jornalista da ficção é mostrado assitindo às gravações das entrevistas que são parte do documentário. Uma composição híbrida fantástica!
Como tenho feito nessa minha viagem, parto em busca de textos acadêmicos/científicos que tenham tratado do filme na literatura sobre cinema. Neste caso, como era esperado, não encontro nada, pois é uma produção recente lançada há pouco nos cinemas brasileiros. De qualquer forma, me lembro de texto que, na qualidade de editor, publiquei no número 3 do volume de 2019 da Revista Livre de Cinema. É o artigo Feminismo em cena: análise da representação das ondas feministas em documentários. Escrito por João Henriques de Sousa Júnior, Laís Mota Plácido e Samantha Barbosa Cordeiro, o texto trata da análise de conteúdo de dois documentários feministas e sua relação com as ondas do movimento feministas que as autoras identificaram na literatura: sufragismo, revolução sexual e
pós-feminismo. É muito provável que O Corpo é Nosso, pelo que pude apreender do texto, se foque principalmente na terceira onda, o pós-feminismo
Mas, minha busca no google acadêmico evidencia que o tema do feminismo associado ao cinema brasileiro já foi explorado em outros momentos. Assim, por exemplo, cito os textos de Calegari (2009), Tedesco (2012), Silva (2012) e Klanovicz (2006).
Mantendo o padrão dessa viagem, encerro com informações sobre o filme:
Sinopse: O CORPO É NOSSO! é um documentário sobre a trajetória da liberação do corpo da mulher brasileira. Utilizando-se do docficção, o filme incorpora o drama do jornalista Marcos que, na sua pesquisa, faz uma descoberta impactante sobre seu passado. Ao assistir as entrevistas e o material deste filme, em um exercício de metalinguagem, ele faz uma autorreflexão sobre o racismo e o machismo impregnados nele e na sociedade. O filme mescla entrevistas, cenas ficcionais e imagens de arquivo que ilustram os fatores que contribuíram para esta liberação e propõe uma discussão sobre o feminismo através da desconstrução do masculino (https://filmow.com/o-corpo-e-nosso-t281437/ficha-tecnica/)
Ficha técnica:
Roteiro: Jorge Duran/Theresa Jessouroun
Direção: Theresa Jessouroun
Elenco: Renato Góes/Roberta Rodrgiues/Heitor Martinez/Oscar Magrini
Produtores: Sabrina Bittencourt/Theresa Jessouroun
Ano de lançamento: 2019
Referências:
CALEGARI, L. C. A mulher no cinema brasileiro e a tentativa de afastamento da heteronormatividade. Diálogos Latinoamericanos, n. 15, 20 p., 2009.
Klanovicz, L. R. F. Corpos erotizados: entre a morena brasileira e a loira americana (cinema das décadas de 80 e 90). Artemis, v. 4, p. 1-21, 2006.
Silva. A. da Quando as mulheres filmam: história e gênero no cinema dos anos da ditadura. Revista Esboços, v. 19, n. 27, p. 14-31, 2012.
Souza Júnior, J. H. de; Plácido, L. M.; Cordeiro, S. B. Feminismo em cena: análise da representação das ondas feministas em documentários. Revista Livre de Cinema, v. 6, n. 3, p. 119-147, 2019.
Tedesco, M. C. Da esfera privada à realização cinematográfica: a chegada das mulheres latino-americanas ao posto de diretoras de cinema. Extraprensa, a. vi, n. 10, p. 97-105, 2012.
domingo, 21 de julho de 2019
ALGUNS DADOS SOBRE O CINEMA BRASILEIRO EM 2018
A
ANCINE, fundada em 2001, é uma agência de fomento e de regulação do mercado
brasileiro do audiovisual. Entre suas inúmeras ações, há um conjunto de políticas
de estímulo à produção, distribuição e exibição do filme brasileiro, tanto em território
nacional quanto no exterior.
Nos
últimos dez anos, entre 2009 e 2018, os resultados dessa ação têm se mostrado
cada vez mais evidentes. No caso da produção e exibição de filmes brasileiros na
chamada primeira janela, isto é, as salas de cinema, por exemplo, o número de
filmes lançados anualmente tem tido um comportamento de crescimento quase
constante. Assim, enquanto em 2009 foram lançados 84 filmes, no ano passado
esse número atingiu 185, um crescimento de 120,2%. Ademais, o número de filmes
brasileiros lançados no ano passado é quase que o mesmo número de filmes
lançados entre 2001 e 2005, que totalizou 184.
Por
outro lado, embora o número de filmes tenha tido esse comportamento crescente,
em especial nos últimos dez anos, o público dos filmes brasileiros no total de
público de cinema no mercado nacional, tem oscilado bastante, entre 15,6
milhões de expectadores em 2012 e quase o dobro em 2016 (30,4 milhões). De
igual forma, a participação do público dos filmes brasileiros sobre o total de
público de filmes lançados em cada ano tem variado bastante. Como pode ser visto
na tabela abaixo, 2017 foi ao ano de menor participação (9,58%) e 2010 teve a
maior parcela do público total (19,05%).
Esses
números indicam que, ainda, há um esforço muito a grande a ser feito no sentido
de ampliar a participação dos filmes brasileiros no público de cinema.
Considerando que a presença de filmografia europeia, africana, asiática e da
América Latina tem sido muito baixa no mercado brasileiro, o que esses números
mostram é que ainda há um domínio do mercado brasileiro pela produção dos
Estados Unidos.
Ano
|
Filmes Brasileiros Lançados
|
Público Filmes Brasileiros Lançados
|
Público Total de Lançamentos
|
%PFBL/PLT
|
2009
|
84
|
16.075.429
|
112.670.935
|
14,27
|
2010
|
74
|
25.687.438
|
134.836.791
|
19,05
|
2011
|
100
|
17.687.772
|
143.206.574
|
12,35
|
2012
|
83
|
15.654.862
|
146.598.376
|
10,68
|
2013
|
129
|
27.789.804
|
149.518.269
|
18,59
|
2014
|
114
|
19.060.705
|
155.612.992
|
12,25
|
2015
|
133
|
22.500.563
|
173.022.827
|
13,00
|
2016
|
142
|
30.413.839
|
184.327.360
|
16,50
|
2017
|
160
|
17.358.513
|
181.226.407
|
9,58
|
2018
|
185
|
21.538.963
|
134.625.372
|
16,00
|
Observações:
PFBL = Público Filmes Brasileiros Lançados; PLT = Público Filmes Lançados.
Esses números não representam o público total de cada ano, pois há filmes brasileiros
e estrangeiros reexibidos e que tiveram lançamento em anos anteriores.
Dentro
desse contexto da última década, como tenho feito nesse blog, aproveito as
estatísticas divulgadas pelo Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual
(https://oca.ancine.gov.br), mantido
pela ANCINE, e descrevo neste post algumas observações desse mercado no ano
passado.
O
primeiro aspecto do mercado de lançamento de filmes brasileiros nas salas de
cinema que chama a atenção é sua alta concentração. Os dez filmes de maior
bilheteria e público lançados em 2018 corresponderam a, respectivamente, 91,72%
e 93,97% do total alcançado pelos 185 lançamentos nacionais. Ou seja, os outros
175 filmes dividiram menos de 9% da renda de bilheteria e menos de 7% do
público!
Ainda
no que diz respeito à concentração de mercado, quando se olha para a
participação das distribuidoras nacionais e estrangeiras nesse mercado,
percebe-se que apenas cinco distribuidoras, entre as quais quatro são
brasileiras, dominaram totalmente esse mercado em 2018 atingindo 95,6% do público.
Estas distribuidoras são: Dowtown, Paris, Imagem, Vitrine e Fox que, em
conjunto, distribuíram 50 filmes brasileiros em 2018. Mas, o detalhe mais
importante dessa concentração de mercado é que a aliança entre Downtown e
Paris, com a distribuição de 12 filmes, representou 84,99% do público dos
filmes brasileiros lançados em 2018, inclusive o de maior bilheteria que foi Nada a Perder que teve mais que 12
milhões de espectadores, ou seja, mais de 56% do público total dos lançamentos brasileiros
de 2018.
Esta
questão da concentração do mercado brasileiro e da importância de alianças de
codistribuição foi abordado por mim em conjunto com Daniela Rocha em um artigo
publicado no ano passado cuja referência você encontra ao final desse post.A
seguir esse post, apresento alguns dados mais gerais sobre o mercado.
Em
termos de gênero cinematográfico, como sempre, houve um predomínio da ficção
com 98 filmes, seguido por documentário com 85 e apenas duas animações. Em
termos de público os gêneros documentários e animação responderam por apenas
2%, sendo o restante do gênero ficção.
A
presença de filmes produzidos fora do eixo Rio-SãoPaulo contínua ainda pequena,
apesar das políticas de estímulo à desconcentração regional da produção de
cinema no Brasil implantadas pela ANCINE. Em 2018, ainda se manteve o predomínio
da produção concentrada em São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, houve o
lançamento de 52 filmes produzidos em 12 estados fora desse eixo. Pernambuco e
Rio Grande do Sul lançaram 12 filmes cada um, Depois veio o Distrito Federal
com 6 filmes, seguido pela Bahia com 5 filmes. Outros estados com presença
nesse mercado em 2018 foram: Minas Gerais (4); Ceará (3); Paraná (3); Espírito
Santo (3); Goiás (1); Pará (1); Paraíba (1); e Rio Grande do Norte (1).
Outra
questão que sempre analiso na produção anual do cinema brasileiro é a presença
de mulheres no papel de direção dos filmes. Apesar de que os dados que obtive
com a ANCINE encontravam-se incompletos em relação à identificação da direção
de todos os filmes (5 filmes sem informação), assim, como comentei no post referente
ao ano de 2017 (https://leiturasemcinema.blogspot.com/2018/01/o-mercado-de-cinema-no-brasil-em-2017_19.html),
em 2018, a participação das mulheres dirigindo filmes foi bem menor do que a de
homens. No entanto, houve um pequeno acréscimo na proporção feminina. Enquanto que
em 2017 estas representaram 20,0% do total de cineastas, em 2018 a proporção de
mulheres chegou a 26,1%. Foram 54 mulheres e 153 homens, em um total de 207
cineastas. Como é usual nesse campo, 197 cineastas lançaram apenas um filme em
2018. Entre as mulheres, Adriana da Silva foi a exceção, lançando três documentários.
Por outro lado, entre os homens, houve nove diretores que lançaram dois filmes
cada um: Caio Tedeschi de Andrade; Eduardo Henrique Leon Chauvet; Ernesto
Carneiro Rodrigues; Gustavo Abreu Bonafe; Jose Alvarenga Junior; Marco Aurelio
Ferreira Dutra; Marcus Vinicius Costa Baldini Silva; Paulo Eduardo Machado
Nascimento; e Roberto Santucci Filho.
Ainda
no que diz respeito à direção dos filmes, fiz um levantamento de quantos profissionais
atuaram em codireção. Como é usual, a maioria dos filmes teve apenas um(a) diretor(a).
Apenas 26 filmes tiveram mais de um(a) diretor(a). No conjunto foram 64
cineastas, 47 homens e 17 mulheres que correspondem, respectivamente, a 30,7% e
31,7% dos homens e mulheres que dirigiram filmes brasileiros lançados em 2018.
Por
fim, na tabela abaixo estão os vinte filmes brasileiros de maior bilheteria em
2018.
Filme
|
Direção
|
Gênero
|
Distribuidoras
|
Público
|
Renda (R$)
|
NADA A PERDER
|
ALEXANDRE DA ROSA AVANCINI
|
FICÇÃO
|
DOWNTOWN/PARIS
|
12.184.373
|
120.992.794,00
|
OS FAROFEIROS
|
ROBERTO SANTUCCI FILHO
|
FICÇÃO
|
DOWNTOWN/PARIS
|
2.604.658
|
36.820.843,00
|
TUDO POR UM POP STAR
|
BRUNO TINOCO GAROTTI
|
FICÇÃO
|
DOWNTOWN/PARIS
|
1.187.570
|
15.786.420,00
|
MINHA VIDA EM MARTE
|
SUSANA GARCIA ASSIS FREIRE
|
FICÇÃO
|
DOWNTOWN/PARIS
|
925.411
|
14.715.902,00
|
DETETIVES DO PRÉDIO AZUL 2 - O MISTÉRIO ITALIANO
|
VIVIANNE RISE JUNDI
|
FICÇÃO
|
PARIS
|
884.775
|
12.333.886,00
|
UMA QUASE DUPLA
|
MARCUS VINICIUS COSTA BALDINI SILVA
|
FICÇÃO
|
DOWNTOWN/PARIS
|
644.115
|
9.156.020,00
|
O CANDIDATO HONESTO 2
|
ROBERTO SANTUCCI FILHO
|
FICÇÃO
|
DOWNTOWN/PARIS
|
580.568
|
8.363.263,00
|
CRÔ EM FAMILIA
|
MARIA LUPICINIA VIANA DE PAULA GIGLIOTTI
|
FICÇÃO
|
IMAGEM
|
478.114
|
6.822.165,00
|
NÃO SE ACEITAM DEVOLUÇÕES
|
ANDRE TORRES MORAES
|
FICÇÃO
|
FOX
|
292.740
|
4.182.222,00
|
O DOUTRINADOR - O FILME
|
GUSTAVO ABREU BONAFE
|
FICÇÃO
|
DOWNTOWN
|
276.658
|
3.933.475,00
|
OS EXTERMINADORES DO ALÉM CONTRA A LOIRA DO BANHEIRO
|
FABRICIO PIRES BITTAR DE CARVALHO
|
FICÇÃO
|
VITRINE FILMES
|
181.614
|
2.340.995,00
|
MULHERES ALTERADAS
|
HILTON LUIS PINHEIRO
|
FICÇÃO
|
DOWNTOWN/PARIS
|
92.607
|
1.440.179,00
|
ANA E VITÓRIA
|
MATHEUS DE SOUZA SILVA
|
FICÇÃO
|
VITRINE FILMES
|
72.919
|
992.171,00
|
O PROCESSO
|
MARIA AUGUSTA FREIRE DE CARVALHO RAMOS
|
DOCUMENTÁRIO
|
VITRINE FILMES
|
65.918
|
915.174,00
|
O GRANDE CIRCO MISTICO
|
CARLOS JOSE FONTES DIEGUES
|
FICÇÃO
|
H2O FILMS
|
51.120
|
831.794,00
|
O PACIENTE, O CASO TANCREDO NEVES
|
SERGIO PEREZ DE REZENDE
|
FICÇÃO
|
PARIS
|
40.793
|
818.899,00
|
10 SEGUNDOS PARA VENCER
|
JOSE ALVARENGA JUNIOR
|
FICÇÃO
|
IMAGEM
|
49.147
|
801.026,00
|
O NOME DA MORTE
|
HENRIQUE MIGUEL GOLDMAN
|
FICÇÃO
|
IMAGEM
|
45.766
|
711.964,00
|
BENZINHO
|
GUSTAVO PASSOS PIZZI
|
FICÇÃO
|
VITRINE FILMES
|
39.284
|
597.147,00
|
TALVEZ UMA HISTÓRIA DE AMOR
|
RODRIGO SPADA BERNARDO
|
FICÇÃO
|
WARNER
|
37.296
|
557.308,00
|
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