Encerrando o domingo, acabo de ver em meu computador uma cópia restaurada desse filme lendário de 1931 do qual já ouvira falar, mas achava pouco provável localizá-lo nesse mundo virtual. Dei sorte e encontrei uma restauraçao feita pela Cinemateca Brasileira e Cineteca Bologna concluída em 2010.
Uau! O que dizer dessas quase duas horas de poesia escrita com imagens em movimento? Limite me pareceu um exercício sobre os limites das construções de imagens cinematográficas naquele ano de 1931, Mário Peixoto, seu realizador, usou todos os ângulos possíveis de câmara, todos os enquadramentos possíveis, desde planos gerais até detalhes e closes muito próximos. Também, muitos movimentos de câmaras associados a movimentos de personagens. Fusões e sobreposições. Beleza visual incrível apresentada em um modo completamente distante da narrativa clássica. E a homenagem a Chaplin, nos mostrando a representação de uma sessão de cinema na qual se passava um filme de Carlitos, com direito até a pianista! E as cenas das rodas da locomotiva. Terá sido uma citação da filmagem inaugural do cinema dos irmãos Lumière em 1895?

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